domingo, 29 de novembro de 2015

Empresas que fazem o bem

Atualmente, pessoas com deficiência estão cada vez mais inseridas no mercado de trabalho, no mundo acadêmico e, principalmente, na sociedade. Assim como países de primeiro mundo o Brasil também tem leis que dão direitos a essas pessoas.

Uma das Lei é a nº 8.213/1991, que estabelece cotas para a contratação de portadores de deficiência física. A contratação depende do porte da empresa, que é de 2%, para 100 a 200 funcionários e 5% acima de 1001 empregados. Já o Decreto nº 3.298/1999 reserva 20% de vagas oferecidas no concurso, para pessoas portadoras de deficiência.

A mobilidade urbana proporcionou uma melhora na condição de vida das pessoas com dificuldades. Elas conseguem se locomover com facilidade, porque todos os ônibus municipais já possuem elevador e lugar reservado para cadeirantes ou pessoas cegas, com o cão guia. As calçadas, estabelecimentos e ruas também já são adaptadas para todas as pessoas.

É comum vermos pessoas físicas promovendo a diversidade. Mas, além delas, pessoas jurídicas estão, cada vez mais, se empenhando a promover diversidade no Espírito Santo. Uma empresa de diagnóstico e imagem, com filiais em Vila Velha, Vitória, Campo Grande e Laranjeiras é um exemplo perfeito.

Rampa de acesso 
A mudança começou dentro da própria instituição com a contratação de 10% a mais do que a lei obriga para portadores de deficiência. Outra mudança, foi a proibição do uso de copos descartáveis de seus funcionários, cada um ganhou um copo personalizado.

Toda a estrutura física é de fácil acesso para todos os tipos de pessoas, com elevador, rampas, banheiros adaptados, etc. Mas a empresa não para por aí e abrangeu todo o engajamento interno para a sociedade capixaba.

A companhia tem inúmeras parcerias com associações, instituições e ongs sempre proporcionando o bem estar para as pessoas. “Buscamos engajar os funcionários em todas as causas sociais e a participação é espetacular. Eles se envolvem, se emocionam e se sentem orgulhos de promover a diversidade”, conta Simone Castro, gerente da filial de Vila Velha.

A empresa recolhe doações com faculdades particular do estado para distribuir entre essas parcerias. Além de promover cantatas de natal, festa de dia das crianças e exames de graça para pessoas com câncer. É um exemplo de como é bom fazer o bem.

Outra empresa que pratica a diversidade é uma rede de supermercado com filiais em todo o estado. O gerente da filial de Cariacica, Hugo Moreira, disse que eles possuem 20% a mais do que a lei obriga, a pessoas com deficiência. “Isso é bom para promover a diversidade e incluí-los em uma sociedade preconceituosa”, disse.

Mesmo com a crise atual eles conseguem fazer, mensalmente, doações de alimentos para instituições de caridade e asilos de todo o estado. A gerente da filial de Cachoeiro do Itapemirim, sul do ES, Fernanda Brandão, disse que com parceria dos próprios moradores da cidade, eles fazem festas anuais, como festa junina e natal, para arrecadar dinheiro para reformas dessas instituições.


“Há um cadastro em nossa loja de solicitação de ajuda para fazer reformas nas instalações. Nós ajudamos como podemos e, junto com a população, conseguimos arrecadar uma boa quantia que é entregue nas mãos das instituições”, conta Fernanda. 

sábado, 28 de novembro de 2015

Piores lugares para ser negro, gay ou mulher no Brasil

Há uma diversidade muito grande em todo o país, mas o preconceito ainda está muito presente e vai muito além da agressão verbal ou física. Ele mata. Um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), revelou os números de violência motivada pela intolerância.

A possibilidade de um jovem negro ser vítima de homicídio, segundo a pesquisa, é de 3,7 vezes maior do que um branco. E a expectativa de um homem negro no Brasil é menos do que a metade de um branco.

Em relação às mulheres, quase 17 mil morreram por conflito de gêneros, o chamado feminicídio, entre os anos de 2009 e 2011. São 15 mulheres assassinadas de forma violenta a cada 90 minutos.

O Brasil foi considerado campeão em crimes contra homossexuais. O relatório do Grupo Gay da Bahia aponta que, de 2013 a 2014, um gay foi morto a cada 28 horas no país. E mais, em 2013 foram registrados 312 assassinatos de gays, lésbicas e travestis no país. 


As pesquisas apontam que o Espírito Santo está em segundo lugar entre os 10 estados brasileiros que são mais perigosos para negros. E em primeiro lugar entre os 10 mais perigosos para mulher. Mas procurando uma notícia boa, em meio a tantas decepções, aí vai: o estado não está presente na lista dos 10 mais perigosos para homossexuais. 

sábado, 21 de novembro de 2015

Branco no Preto

Quando a gente entra na faculdade, nos deparamos com pessoas de lugares e personalidades diferentes. Nunca sabemos o que esperar com quem iremos nos dar bem e quais serão as desavenças. As turmas sempre começam lotadas e à medida que os meses vão passando as pessoas acabam sumindo. Já no quarto período do curso de publicidade, com a turma reduzida em mais de 50%, Ricardo Lima também ameaçou abandonar o barco. Foram muitas conversas, mas, no fim, ele decidiu pela traição. Largou Publicidade e pulou em Jornalismo.

A ida para o lado inimigo rendeu certas desconfianças. Ainda mais quando o víamos felizes e mais realizados. O que tínhamos de errado? Eu comecei a entender o sentimento que ele sentia quando eu quis ir para o lado do inimigo, já no final do curso. Mas, ao invés de abandonar tudo, eu resolvi terminar e ingressar em Jornalismo, assim como Ricardo.

Dono de uma personalidade divertida, eu encontro um Ricardo, numa das poucas aulas que fazemos juntos, sério, centrado e muito apaixonado. Namorando a colega de sala Jéssica Dumer, já há algum tempo, ele me surpreendeu em vários aspectos.

Boa parte dessa mudança repentina é de responsabilidade da Jéssica. Ela, muito centrada, concentrada, transformou um “bobão” em um dos caras mais responsáveis que eu conheci. E isso resultou numa parceria incrível dos dois. Companheirismo, amizade respeito foram as principais características que eu notei.

Mas, o que eles não contavam era que seriam rivais no gramado. Ele é corintiano doente e ela botafoguense roxa. A rivalidade é constante. Em dia de jogo, não trocam uma palavra. Quando os times se enfrentam nem se olham. E é com essa diversidade que eles se completam ainda mais.

Pensando nisso, eu os convidei para participarem do meu trabalho acadêmico que iria falar,
justamente, de diversidade. O projeto consiste em encontrar casais que sejam diferentes em algum aspecto e usam disso para se tornarem ainda mais unidos. Quem melhor do que Ricardo e Jéssica para provar que o amor é maior do que uma camisa preta e branca?

Para maior comodidade dos envolvidos, sugeri que o encontro fosse no condomínio dela, que era amplo e excelente para as fotografias. Enquanto Jéssica se vestia a caráter eu arrumava minha câmera e conversava com Ricardo, já pensando nas fotos que seriam tiradas.

A gente se divertiu bastante tirando as fotos por todo o local. Fomos à quadra, ao balanço, ao gramado e eles brincaram com a bola de futebol, com a mesa de pingue pongue, totó e sinuca. Foi um trabalho em equipe e conseguimos transpor para a foto toda a sintonia, paixão e companheirismo do casal.

Sai de lá com um sorriso no rosto e a certeza de ter feito o melhor para conseguir tirar as fotos perfeitas. Cumpri minha missão de tirar as fotos que retratassem bem o quanto Ricardo e Jéssica são unidos, mesmo vestindo camisas diferentes e gritando de times, felizes, e ao mesmo tempo:

_ Hoje o Botafogo vai ganhar!

_ Sabe de nada, inocente.

Saí de lá certa de que há diferença, mas não pode barrar a maior de todas as forças: o amor!


Sendo assim, que convivam (des) harmonicamente. Afinal, que seria do azul se não fosse o amarelo? Ou no caso deles, o que seria do branco se não fosse o preto?